Foi o primeiro implantado em Minas Gerais e o seu objetivo central é formar terapeutas ocupacionais integrados nos sistemas de saúde e de educação, que usam recursos terapêuticos variados (ligados ao trabalho, lazer, elementos lúdicos e cotidianos, artesanais, profissionalizantes etc) para prevenir, curar ou reabilitar pessoas portadoras de disfunções ou deficiências de natureza física, mental, social ou do desenvolvimento. O trabalho com o paciente visa promover a sua autonomia e inserção social.
Modalidade: Bacharelado
Duração: 4 anos
Turno: Vespertino/Noturno
O aluno participa de estágios supervisionados em serviços próprios ou conveniados com a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais - FCMMG, a partir da 3.ª série de graduação. Na 4.ª série, os estudantes de terapia ocupacional participam de programas de assistência à saúde pública e comunitária em populações carentes, através do Programa de Internato Rural/Metropolitano. Além disso, fazem estágios em instituições asilares, hospitalares, ambulatoriais, em serviços próprios ou conveniados com a FCMMG, usando o modelo docente-assistencial (acompanhamento direto do aprendizado do aluno pelo professor).
O perfil profissional
O curso de Terapia Ocupacional da FCMMG enfatiza uma formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, que acompanha os processos saúde-doença e exclusão-inclusão social, nas diferentes áreas e níveis de atuação. Contempla de modo equilibrado a aquisição de conhecimentos e dos fundamentos históricos, filosóficos e metodológicos da Terapia Ocupacional, com seus diferentes modelos de intervenção, buscando sempre o rigor científico e intelectual.
O mercado de trabalho
O terapeuta ocupacional exerce sua profissão em serviços públicos e privados de saúde, incluindo estabelecimentos como hospitais, clínicas, consultórios, postos e outras unidades de saúde, além de instituições como escolas, creches, asilos, presídios, centros de referência, de convivência e de reabilitação, cooperativas, instituições abrigadas e empresas, associações comunitárias, organizações não-governamentais (ONGs), nas áreas do magistério, pesquisa e em assistência domiciliar.
Competências a serem desenvolvidas
- Relacionar a problemática específica da população com a qual trabalhará com os processos sociais, culturais e políticos envolvidos, percebendo que a sua emancipação e autonomia são os principais objetivos a serem atingidos pelos planos de ação e de tratamento;
- Compreender as relações saúde-sociedade, como também as relações de exclusão-inclusão social, bem como participar da formulação e implementação das políticas sociais, sejam setoriais (políticas de saúde, da infância e adolescência, educação, trabalho, promoção social etc.) ou intersetoriais;
- Reconhecer as intensas modificações nas relações sociais, de trabalho e comunicação em âmbito mundial, assim como entender os desafios que tais mudanças contemporâneas virão a trazer;
- Inserir-se profissionalmente nos vários níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, prevenção, proteção e recuperação da saúde, além de programas de inclusão social, educação e reabilitação;
- Explorar recursos pessoais, técnicos e profissionais para a condução de processos terapêuticos numa perspectiva interdisciplinar;
- Compreender o processo de construção do fazer humano, isto é, como o homem faz suas escolhas ocupacionais, usa e desenvolve suas habilidades, reconhecendo-se e reconhecendo a sua ação;
- Identificar, entender, analisar e interpretar as desordens da dimensão ocupacional do ser humano e usar, como instrumento de intervenção, os diferentes instrumentos humanos: o trabalho, as artes, o lazer, a cultura, o artesanato, o autocuidado, as atividades cotidianas e sociais etc;
- Usar o raciocínio terapêutico-ocupacional para a análise da situação na qual se propõe a intervir, o diagnóstico clínico ou institucional, a intervenção propriamente dita, a escolha da abordagem terapêutica apropriada e a avaliação dos resultados alcançados;
- Conhecer o processo saúde-doença, nas suas múltiplas determinações, contemplando a integração dos aspectos biológicos, sociais, psíquicos, culturais e a percepção do valor dessa integração;
- Conhecer a atuação inter, multi e transdisciplinar e transcultural pautada pelo profissionalismo, pela ética e eqüidade de papéis;
- Conhecer os principais procedimentos e intervenções terapêutico-ocupacionais usados tais como: atendimentos individuais, grupais, familiares, institucionais, coletivos e comunitários;
- Desenvolver habilidades pessoais e atitudes necessárias para a prática profissional: consciência das próprias potencialidades e limitações, adaptabilidade e flexibilidade, equilíbrio emocional, empatia, autonomia intelectual e exercício da comunicação verbal e não verbal;
- Desenvolver atividades profissionais com diferentes grupos populacionais em situação de risco ou alteração nos aspectos físico, sensorial, percepto-cognitivo etc.