Tema geral: A Psicologia Anomalística trata do estudo psicológico das experiências anômalas, definidas pela Associação Psicológica Americana (APA) como experiências subjetivas estranhas, irregulares, aparentemente destoantes das experiências ordinárias. Entre os exemplos estão alucinações em pessoas que não possuiriam transtorno mental, estados alterados de consciência, sinestesias, sonhos lúcidos, entre outros que incluem também as alegadas “experiências paranormais”, sendo estas entendidas enquanto experiências subjetivas (Cardeña, Lynn & Krippner, 2000; Holt, Simmonds-Moore, Luke & French, 2012; Zusne & Jones, 1989).
OBJETIVO:
Apresentar uma introdução sobre a Psicologia Anomalística e suas implicações para a pesquisa acadêmica e as clínicas psicológica e psiquiátrica .
PÚBLICO ALVO:
Especialmente Psicólogos, Medicos e demais profissionais de saúde além de acadêmicos dos respectivos cursos de graduação (2 últimos períodos).
Também serão aceitas inscrições de profissionais de outras áreas interessados por Psicologia Anomalística e Parapsicologia como Engenheiros, Teólogos, Físicos ou outros.
CARGA HORÁRIA: 40 horas presenciais (2º sábado de cada mês) e 20 horas de atividades em ambiente virtual.
EQUIE DE PROFESSORES:
Wellington Zangari
Professor Doutor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP);
Mestre em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo;
Doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo;
Pós-doutor em Psicologia Social com estágio na Division of Personality Studies – University of Virginia;
Vice-Coordenador do Laboratório de Estudos em Psicologia Social da Religião
Coordenador do Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (INTER PSI), ambos vinculados ao Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Leonardo B. Martins
Psicólogo formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
Mestre em Psicologia Socialpela Universidade de São Paulo (USP);
Doutorando em psicologia social pela Universidade de São Paulo (USP);
Pesquisador do Laboratório de Psicologia Anomalística e Processos Psicossociais (INTER PSI), vinculado ao Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
PROGRAMA:
- Inserção da ciência no estudo das crenças e experiências anômalas;
- A importante distinção entre o que é ciência e o que é pseudociência;
- História da Psicologia Anomalística;
- O princípio da “Economia das Hipóteses;
- Os tipos de experiências anômalas;
- O panorama brasileiro das pesquisas passadas e principalmente atuais (dentro da Universidade de São Paulo, entre outras);
- Como se faz pesquisa psicológica sobre anomalias (aspectos metodológicos);
- Os possíveis desenvolvimentos futuros para as pesquisas;
- Aplicação, para cada tipo de experiência;
- Aspectos psicológicos, sociológicos, antropológicos e históricos das crenças relacionadas ao “paranormal;
- Que papéis as crenças desempenham na ocorrência das experiências;
- Por que muitas pessoas acreditam e muitas não acreditam no “paranormal”;
- Que papéis as experiências e crenças no “paranormal” desempenham na organização psicológica individual e grupal;
- Quais as influências do contexto cultural atualmente e ao longo da história (religião, esoterismo, ciência, mídia etc.) para a edificação das crenças no “paranormal”;
- Há relações entre características de personalidade, saúde psicológica e crença/descrença no “paranormal”;
- Aproximações e distanciamentos entre experiências anômalas e transtornos mentais (critérios diagnóstico, impactos nas próximas classificações internacionais CID-11 e DSM-V);
- O papel da personalidade e de outros construtos como peculiaridade e esquizotipo saudável; como lidar com relatos de experiências anômalas nas clínicas psicológica e psiquiátrica;
- Aspectos éticos, escuta clínica, intervenções;
- O papel das crenças e experiências anômalas no enfrentamento de problemas cotidianos [coping]);
- Limites e vieses da cognição humana;
- Como funcionam a memória, a percepção, a linguagem;
- Os diferentes estados de consciência em relação às crenças e experiências anômalas);
- Validação subjetiva, coincidência e probabilidade (Por que “caminhos cognitivos” avaliamos uma experiência de vida como anômala ou não?);
- A falibilidade humana no cotidiano e nas anomalias (Como e por que somos susceptíveis a enganos? Como tal falibilidade influencia nas crenças e experiências anômalas?);
- Aspectos neuropsicológicos e evolutivos das experiências anômalas (como e porque temos esses vieses e como eles podem embasar tanto experiências anômalas quanto experiências comuns);
- Estados alterados de consciência, dissociação, hipnose e efeitos da expectativa.