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O estudo da Filosofia na formação sacerdotal

Um momento especial da formação intelectual é o estudo da Filosofia que leva a uma compreensão e interpretação mais profunda da pessoa, da sua liberdade, das suas relações com o mundo e com Deus. Aquela revela-se de grande importância, não apenas pelo nexo que existe entre os argumentos filosóficos e os mistérios da salvação estudados na Teologia, à luz superior da fé, mas também em face de uma situação cultural bastante generalizada que exalta o subjetivismo como critério e medida da verdade: somente uma sã Filosofia pode ajudar os candidatos ao sacerdócio a desenvolverem uma consciência reflexiva da relação constitutiva existente entre o espírito humano e a verdade, essa verdade que nos revela plenamente em Jesus Cristo. Nem é de se subestimar a importância da Filosofia no sentido de garantir aquela "certeza da verdade";, a única que pode estar na base da entrega pessoal a Jesus Cristo e à Igreja.

A Filosofia ajuda imenso o candidato a enriquecer a sua formação intelectual com o "culto da verdade";, isto é, uma espécie de veneração amorosa pela verdade, que leva a reconhecer que esta não é criada a medida pelo homem, mas é confiada ao homem como dom da Verdade suprema, Deus; que, mesmo com limites e por vezes com dificuldade, a razão humana pode atingir a verdade objetiva e universal, inclusive aquela que diz respeito a Deus e ao sentido radical da existência; que a própria fé não pode prescindir da razão e do afã de "pensar"; os seus conteúdos, como testemunhava a grande mente de Agostinho: "Desejei ver com a inteligência o que acreditei, e muito tive de discutir e esforçar-me";.



Reabertura do Seminário Maior passados 50 anos


Em 1981 um novo desafio foi empreendido pelo Seminário, já que os seminaristas menores terminavam seu 2º grau e necessitavam continuar a formação. Teve início, portanto, no dia 15 de fevereiro desse ano o curso filosófico orientado para a formação dos seminaristas maiores. As aulas foram ministradas no ITEPAN ( Instituto de Teologia Pastoral de Natal), por um grupo de professores, em sua maioria, da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte). Um ano depois, em 1982, A Arquidiocese fez um convênio com a Universidade Federal para que os seminaristas pudessem pagar algumas disciplinas filosóficas; as demais foram assumidas pela própria equipe de formação do Seminário. A partir daí, de 1980 a 1983 a Arquidiocese de Natal enviou um grupo de 11 seminaristas para cursar Teologia no Rio de Janeiro. Residiram no Seminário São José e estudaram na PUC (Pontifícia Universidade Católica) até o ano de 1984.

Por umdecreto promulgado em 08 de março de 1985, o Arcebispo Metropolitano de então, Dom Nivaldo Monte, erigiu o Seminário Maior da Arquidiocese de Natal tendo como patrono São Pedro. Nessa mesma ocasião tinha abertura oficial o curso de Teologia cujo funcionamento integral se daria no Seminário juntamente com o de Filosofia já em andamento. A casa de formação continuava sendo na Rua Mipibu. Em 1994 os seminaristas da Teologia foram dali transferidos para a Casa do Clero em Emaús e em 1996 os filósofos, provisorimanete, para a casa de repouso das Irmãs do Amor Divino em Ponta Negra. Daí seguiram para o prédio da Av. Campos Sales, recém reformado após ter sido entregue pelo governo do Estado ao qual estava aludado.

Em setembro de 1997, por ocasião de sua viagem à Suíça, passando pelo Rio de Janeiro, Dom Heitor de Araújo Sales convida o Pe. José Valquimar Nogueira do Nascimento, - na época exercendo seu ministério sacerdotal como formador do Seminário São José e Vigário Paroquial de Nossa Senhora de Guadalupe naquela Arquidiocese -, para assumir a Reitoria do Seminário Maior de São Pedro. Chegando a Natal no dia 31 de janeiro de 1998, Pe. Valquimar iniciou seus trabalhos no Seminário organizando a chegada dos seminaristas. A proposta do Arcebispo era de reunir na Campos Sales, junto com os Filósofos, também os teólogos que se encontravam na Casa do Clero em Emaús (Doada por Dom Nivaldo Monte). E conforme o planejado, a mudança da mobília da Casa de Emaús para a Campos Sales, foi realizada pelos 16 seminaristas do propedêutico daquele ano. Foi um intenso trabalho de arrumação para que todos os ambientes do prédio pudessem abrigar os seminaristas. Tudo isso seria provisoriamente, já que existia um projeto de ampliação para o Seminário. Com Pe. Valquimar assumiu a vice-reitoria o Pe. José Roberto da Rocha, ordenado sacerdote em 19 de junho de 1998 para esta missão. Continuavam fazendo parte da Equipe de Formação os seguintes padres: Mons. Francisco de Assis Pereira (Diretor do curso de Teologia), Mons. Agnelo Dantas Barreto (Diretor do curso de filosofia); Pe. Augustin Calatayud, SJ (Diretor Espiritual da Filosofia); Mons. João Correia de Aquino, Pe. José Teixeira de Almeida (Confessores). O Pároco de Jandaíra, Pe. Inácio de Loyola Bezerra, começou a assumir a direção espiritual da teologia vindo duas vezes por semana ao Seminário. Mas, vendo o Arcebispo a necessidade de residir na casa de formação um diretor espiritual, transferiu Pe. Inácio de Loyola Bezerra para a Paróquia de Extremoz, tendo como residência o Seminário de São Pedro.

O Seminário Menor continuava à Rua Mipibu, 441 com Pe. Fábio dos Santos na Reitoria. Devido aos trabalhos do novo apostolado do Pe. Fábio dos Santos com a música e gravação de um CD, assumiu também a Reitoria do Seminário Menor em 1999, o Pe. José Valquimar Nogueira do Nascimento. A partir daí, o Seminário de São Pedro – Maior e Menor – teria um único Reitor.

Com o interesse de aprimorar a formação do seu futuro presbitério, Dom Heitor de Araújo Sales declarou publicamente a prioridade que a Arquidiocese daria ao Seminário com uma atenção maior. Fruto desse empenho é que em setembro de 1998 começaram as ampliações do prédio para atender as necessidades da adequada formação e, graças a Deus, ao grande número de vocações. Nesse esforço conjunto, destaca-se a incansável ajuda dos irmãos católicos da Alemanha com o apoio das Entidades alemãs Adveniat, Kirche in Not e Diocese de Colônia que sempre ajudaram a Arquidiocese de Natal e particularmente, nessa ocasião, ao Seminário de São Pedro. No projeto de ampliação inteiro, suas ajudas foram significativas sem as quais não seria possível concretizar um sonho.

Embora já existisse uma planta para ampliação do Seminário, após a chegada do Pe. José Valquimar Nogueira do Nascimento, juntamente com Dom Heitor foi lançada uma proposta de reelaboração da mesma. Foi então que começaram os primeiros passos até se concretizar a planta definitiva.

Em 1999 os trabalhos do primeiro pavimento de dormitórios foram encerrados e no ano 2000 começaram os do segundo pavimento, ainda em andamento. Ambos estão situados na parte interna do prédio da Campos Sales. Construídos numa arquitetura mais moderna, nem por isso agridem a estrutura do antigo casarão que, embora tenha passado por uma grande reforma em 1995, com adaptações internas, não teve suas características externas perdidas. Além do mais, grande parte dos pavimentos internos foram preservados por força da própria estrutura que impediu alterações. Assim temos inúmeras janelas e portas, escadarias, etc. Dentre estas, encontra-se a escada de ferro em forma de caracol conhecida como a escada de Dom Marcolino.

No pátio externo voltado para a Campos Sales, ainda estão as pitangueiras tão antigas como o próprio Seminário, que viram gerações e gerações de sacerdotes sendo formados. A entrada continua a mesma voltada para a grande porta central. O muro que cerca sua frente, já reformado, procura ser semelhante ao que era anteriormente.Vê-se claramente a continuidade dos esforços para que o Seminário mantenha viva a sua índole e estrutura, preservando uma identidade que por si impõe-se diante da grande avenida.

Vê-se claramente a continuidade dos esforços para que o Seminário mantenha viva a sua índole e estrutura. Já nos primeiros anos após a construção do prédio da Campos Sales, Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, preocupava-se com a permanente iniciativa dos fiéis em prol dessa Instituição criando a Obra das Vocações Sacerdotais, com o fim de fomentar nas famílias o interesse pelas vocações; garantir a manutenção de alunos pobres no Seminário, além de adquirir donativos para o Seminário e seminaristas pobres. Os estatutos da O . V . S . foram promulgados no dia do aniversário de fundação do prédio a 3 de outubro de 1940.

Ao completar 80 anos, o Seminário de São Pedro é para Natal e o Rio Grande do Norte um marco da cultura e da formação na história de várias gerações, como mencionou algumas vezes, nesta casa, nosso ilustre Câmara Cascudo. Após terem passado desde 1919, os incansáveis 12 reitores, diretores espirituais, confessores e inúmeros professores e padres das equipes de formação, o Seminário caminha rumo ao novo milênio vislumbrando horizontes frutuosos.

Graças a Deus, a chácara do Tirol, apesar de tantos sacrifícios, nunca deixou de reluzir o seu brilho. Podendo até ser chamado hoje de o Casarão de ouro da Campos Sales.

Opiniões

3
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Professores
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Atendimento ao aluno
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Programa de ensino
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Material
60%
Instalações
José Irineu
O tempo que estudei Filosofia no Seminário de São Pedro foi muito bom de aprendizado para minha formação.

Graduação em Filosofia

Histórico de cursos de Seminário de São Pedro:

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