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A Faculdade de Artes Dulcina de Moraes – FADM, criada e mantida pela Fundação Brasileira de Teatro – FBT, é fruto do sonho e do compromisso da atriz Dulcina de Moraes com a formação de artistas e arte-educadores no Brasil. A Faculdade, com mais de 25 anos de atuação, foi criada em 07 de março de 1982, em Brasília, oferecendo originalmente os cursos de Licenciatura em Educação Artística, Bacharelado em Artes Cênicas e Bacharelado em Música.
A sua mantenedora, Fundação Brasileira de Teatro, das mais antigas fundações da área artística, foi nstituída em 7 de julho de 1955, no Rio de Janeiro, antigo Estado da Guanabara. Depois de 17 anos de uncionamento naquela cidade, transferiu sua sede para Brasília, onde se encontra até o presente momento. Assim como a faculdade, sua criação foi um empreendimento de Dulcina e de seu marido, o também ator Odilon Azevedo.
Os valores e exemplos deixados por Dulcina, que soube acompanhar a mudança das artes cênicas dos tempos tradicionais para a modernidade, alimentam e norteiam, até hoje, as ações da FBT e da FADM. A atriz, considerada a grande dama do teatro brasileiro do século XX, influenciou três gerações de atrizes brasileiras: “Ela foi tão importante, avassaladora, definitiva, moderna em seus espetáculos [...] que, até o início dos anos 50, nenhuma atriz mportante ou menos importante, no Brasil, deixou de ter Dulcina o seu modelo, quisesse ou não, tal a sua força e sua personalidade”, declara a atriz Fernanda Montenegro. Por todo seu compromisso com o desenvolvimento cultural, em especial do teatro, Dulcina vislumbrou na nova capital o solo fértil para perpetuar os seus ideais. Dessa forma, escolheu Brasília para ser o seu lar e sediar as instituições por ela criadas, a Fundação Brasileira de Teatro, o Teatro Dulcina e a Faculdade de Artes.
À frente de seu tempo, Dulcina mantinha especial preocupação com a formação e profissionalização dos artistas. Em 1955 realizou o primeiro Congresso de Ensino de Teatro, com importantes nomes de nossa cultura. No ano seguinte solicitou ao Ministério da Educação e da Cultura autorização para funcionamento da Academia de Teatro, que tinha como objetivos prover a formação, a especialização e aperfeiçoamento do pessoal de teatro, em todas as suas modalidades funcionais, e constituir um centro de estudos e de divulgação da cultura teatral brasileira. Em 1956, ainda na cidade do Rio de Janeiro, a Academia passa a oferecer os cursos de formação do ator, formação de diretor cênico, de cenógrafos, de crítico de arte e de escritor teatral, ao lado de cursos de aperfeiçoamento, especialização, além dos cursos avulsos e de extensão cultural.
Esses cursos deveriam cumprir as seguintes finalidades da Academia Brasileira de Teatro:
1. promover o ensino da arte dramática em todos os seus setores;
2. formar artística, cultural e tecnicamente profissionais para as diversas atividades da arte teatral;
3. constituir-se em centro de estudos, de pesquisa e de divulgação da cultura teatral brasileira;
4. colaborar com as instituições congêneres, oficiais ou livres, para o engrandecimento e a difusão da alta cultura teatral.
A partir dessa experiência de formação profissionalizante, a atriz construiu a proposta de criação da Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, posteriormente inaugurada em Brasília, e que tinha, na sua origem, os seguintes princípios:
Essa faculdade, em seu planejamento, não será uma Escola que padronize estilos interpretativos – escola de irtuosismos e técnicas apenas. É uma escola que, através de seus cursos de cultura e de formação estético-filosófica, tem como objetivo colocar o aluno em conhecimento e harmonia com todas as artes, educando-lhe o sentido do Belo e, consequentemente, aperfeiçoando-lhe o espírito para um conceito mais alto e mais puro da existência humana. (Texto Extraído do programa do espetáculo “Mulheres”, encenado em Brasília em 1982)
Em 07 de março de 1982 (Processo nº 11.581/7), o Conselho Federal de Educação aprovou o Projeto da FBT para a criação da Faculdade de Artes, com os cursos de Licenciatura em Educação Artística (120 vagas), Bacharelado em Artes Cênicas (80 vagas) e Bacharelado em Música (80 vagas). Assim, os cursos ofereceriam um total de 208 vagas ao ano. Inicialmente denominada Faculdade de Artes, a instituição se transformaria, no ano seguinte, com a aprovação do MEC, em Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.
Nos últimos cinco anos, a Instituição tem identificado necessidades diferenciadas na organização de sua proposta curricular, de forma a responder as demandas contemporâneas para o ensino das artes e para a formação do artista. Nesse sentido, vem experimentando com êxito a articulação de diferentes disciplinas na constituição de Projetos de Artes Visuais ou Projetos de Montagem Teatral. Essa iniciativa, alicerçada na pedagogia de projetos, valoriza o diálogo multidisciplinar e envolve os estudantes em situações concretas que ampliam as possibilidades de aprendizagem e incentivam a autonomia intelectual.
É importante ressaltar ainda o valor simbólico, de natureza intangível, que a FADM carrega, pois se insere como um verdadeiro ícone da cultura do Distrito Federal, dada a sua importância histórica no que se refere ao desenvolvimento das artes na região e o pré-tombamento do Teatro Dulcina de Moraes como patrimônio artístico e cultural, realizado em 2008, pelo Governo do Distrito Federal.
Graduação em Artes Cênicas
Graduação em Artes Plásticas
Pós-graduação em História das Artes Visuais
Pós-graduação em História das Artes Visuais
Pós-graduação em História das Artes Visuais