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O primeiro curso de técnicos florestais do Brasil foi implantado no ano de 1969, no Colégio Estadual Agrícola "Augusto Ribas", onde funcionavam ainda os cursos de técnico agrícola e economia doméstica, cursos estes mais antigos e tradicionais na região dos Campos Gerais. No ano de 1972, por razões principalmente de ordem técnica, este curso foi transferido para o Município de Irati - Paraná, onde continua funcionando até a presente data.
Assim, em março de 1973, foi implantado o curso de Técnico Florestal regular aprovado a nível regional pelo Conselho Estadual de Educação, com parecer nº 062/73 e o Colégio Estadual Presidente Costa e Silva de Irati foi oficializado pelo Decreto 3890 de 10/07/1973. Basicamente, a função do técnico florestal é auxiliar o engenheiro florestal nas tarefas rotineiras do setor florestal, com a tarefa específica de trabalhar em contato direto com os operários florestais.
O parecer nº 45/72 estabelece que os cursos profissionalizantes de "técnicos florestais" são cursos de habilitação plena. Seu objetivo era o preparo integral de técnicos de nível médio conjuntamente com uma proposta de ensino de 2º Grau, ao final do qual o candidato o diploma de técnico florestal, com o qual também estava habilitado a participar de concursos vestibulares para o ensino de 3º Grau.
O curso técnico florestal regular ministrado pelo Colégio Florestal de Irati foi dirigido principalmente para egressos do 1º Grau, ofertado numa grade curricular para ser desenvolvido em três anos. Este curso oferecia 2.037 horas-aula de matérias profissionalizantes e 1.590 horas-aula de educação geral, adicionado ainda por um programa de estágio curricular correspondente a um mínimo de 800 horas, consolidando o programa com a apresentação de um relatório de estágio técnico no final do curso. Este curso foi ofertado regularmente no Colégio Florestal de Irati até o ano de 1996, quando por sugestão do programa PROEM.
Segundo Peichl e Engel (1987), o Colégio Florestal Estadual "Presidente Costa e Silva" localizado na cidade de Irati no Estado do Paraná, é a única instituição escolar, a nível de segundo grau que se dedica exclusivamente à formação de técnicos florestais no País. Desde o estabelecimento de cursos de engenharia florestal no Brasil a partir da década de 60, o número de engenheiros florestais formados e em busca de colocação no mercado de trabalho tem sido crescente.
Considerando a proporção sugerida de quatro técnicos florestais de nível médio para cada técnico florestal de nível superior, haveria necessidade acumulada de se formar até 1985 cerca de 4.400 técnicos. Entretanto, até a citada data tinham sido formados cerca de 660 técnicos florestais pelo Colégio Florestal. Tal estudo porém não fez menção do potencial de absorção pelo mercado de trabalho.
Curso Técnico Florestal