Graduação em Comunicação Institucional e Relações Públicas

Apresentação

O Curso de Comunicação Institucional e Relações Públicas é uma nova habilitação na área de Comunicação Social e seu projeto foi elaborado com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e nas Novas Diretrizes Curriculares para o ensino da Comunicação Social no país. Seu funcionamento foi autorizado pela Comissão de Especialistas em Comunicação Social do MEC em maio de 1999.

As mudanças no ensino da Comunicação aconteceram, sobretudo, por pressão do mercado de trabalho que não reconhece mais apenas as habilitações tradicionais, como Jornalismo e Propaganda e Publicidade e busca profissionais com perfis mais complexos, capazes de saber traçar estratégias e operacionalizar soluções de comunicação para os diversos públicos das organizações, sejam elas privadas ou públicas. O projeto do CIRP foi elaborado levando em conta essas demandas expressas pelo mercado da comunicação na atualidade, onde se multiplicam as oportunidades de trabalho nos segmentos de Assessorias e Consultoria.

Atualmente, o mercado de trabalho oferece um vasto leque de novas áreas profissionais que estão se formando em função das novas tecnologias, como Webmaster, Webdesigner, Analista de Negócios Virtuais, Editor de Home Page e as que se ligam ao e-commerce. Começam a se firmar também segmentos tais como a Comunicação Pública, que se preocupa com a informação dos cidadãos, o Marketing Político e o lobby. O chamado terceiro setor - não governamental e apoiado na sociedade civil organizada - se profissionaliza e surge como um mercado promissor, em especial as atividades de uma área conhecida por Marketing Social. Em suma, aumenta cada vez mais a procura por profissionais com visão sistêmica e estratégica capazes de apoiar as ações de comunicação nas organizações e atuar na gestão de processos comunicacionais e culturais.

O CIRP se destaca no quadro do ensino superior no DF, uma vez que as faculdades de Comunicação existentes restringem sua oferta às habilitações tradicionais de Jornalismo e/ou Publicidade e Propaganda, e somente uma delas oferece o curso de Relações Públicas, ainda assim, nos moldes tradicionais. No entanto, essas ofertas não atendem às exigência do mercado profissional que foi esboçado acima. Sabe-se que cerca de 70% dos jornalistas sindicalizados do DF trabalham em assessorias de comunicação, apesar de os cursos de jornalismo da cidade oferecerem uma formação voltada prioritariamente para os profissionais que atuam em grandes veículos.
Em função desta realidade é que se construiu um currículo voltado para as especificidades do mercado, sobretudo o regional, e que se propôs a superar a célebre dicotomia teoria x prática.

Quem é o novo profissional?
O campo de ação profissional da comunicação social é cada dia maior e, ao mesmo tempo, cada vez mais indeterminado no que concerne ao saber exato que se deva adquirir. Neste mercado mutável, o Curso de Comunicação Institucional e Relações Públicas busca formar um profissional consciente do significado da comunicação no espaço público e do seu papel de mediador entre a sociedade e os interesses de informação das instituições. Para isso se propõe a desenvolver nos alunos competências para:

a) Promover a ética e a responsabilidade social;
b) Acompanhar as rápidas mudanças da sociedade contemporânea;
c) Apreender as múltiplas facetas do processo comunicativo e interferir sobre ele;
d) Atuar com visão sistêmica e estratégica na gestão de processos comunicativos ;
e) Desenvolver o espírito empreendedor para propor e implementar alternativas à solução de problemas.

Tendo por base essas preocupações, construiu-se um currículo que prevê disciplinas e práticas capazes de desenvolver nos alunos condições para analisar a realidade, apresentar soluções de problemas e propor alternativas de ações e de utilização dos diversos instrumentos de comunicação. Por conseguinte, o aluno deverá desenvolver habilidades que o capacitem a desempenhar funções tais como:

a) Planejar e administrar as ações de comunicação entre as instituições e seus públicos;
b) Utilizar as técnicas de comunicação para interferir no ambiente extremamente competitivo dos mercados, identificando as ameaças e oportunidades que se apresentam e buscando reforçar ou criar vantagens competitivas frente aos concorrentes;
c) Analisar os cenários conjunturais em que atuam as organizações, suas culturas e suas relações com a sociedade;
d) Planejar, analisar e orientar ações e campanhas voltadas para a opinião pública buscando utilizá-la;
e) Avaliar e controlar a disseminação dessas ações e campanhas através da mídia impressa e eletrônica e dos meios de comunicação dirigida;
f) Pensar a comunicação estrategicamente de forma a estar apto para colaborar nos planejamentos das instituições;
g) Lidar com a tecnologia de informação de forma criativa, buscando utilizá-las como instrumento de comunicação;
h) Usar as plataformas tecnológicas no desenvolvimento do trabalho profissional.

Em função deste perfil é que se concebeu a grade curricular da habilitação em Comunicação Institucional e Relações Públicas que contempla quatro núcleos de saber, que integram teorias e práticas em torno de projetos semestrais, permitindo que o aluno participe e decida na construção da sua competência profissional.